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castelo de belmonte

Castelo de Belmonte

Horário de funcionamento

História

À semelhança de outros castelos, esta antiquíssima fortaleza erguida em Belmonte tem uma posição dominante sobre a paisagem em redor. Apesar de não haver certezas sobra a data da sua construção, é provável que tenha sido construído no século XII a mando de D. Sancho I (1154-1211) para defesa da povoação a quem o mesmo rei havia concedido carta de foral em 1199 e em pleno processo de consolidação da fronteira oriental do reino. Os vários achados arqueológicos daquela zona confirmam a existência da fortificação a partir de finais desse século e princípios do século XIII.

Mais tarde, em 1258, o castelo viria a ser reedificado por Egas Fafes, bispo de Coimbra, a mando de D. Afonso III (1210-1279) sendo que tanto o castelo como a torre de menagem, apenas terão sido concluídos já no reinado de D. Dinis, cujas construções estariam relacionadas com as necessidades de repovoamento.
Essas referências são confirmadas por vestígios arqueológicos – dos finais do século XII e início do século XIII – da demolição de casas no interior da vila para a construção do castelo e da torre de menagem.

Perdeu entretanto importância estratégica com a assinatura do Tratado de Alcanizes em 1297 e consequente avanço da fronteira para Este.

Entre finais do século XIV e princípios do século XV, provavelmente devido a um confronto com tropas de Castela, a fortaleza foi parcialmente destruída por um incêndio. Esse facto é atestado pelos sedimentos de cinza revelados durante as escavações arqueológicas.

Em 1466 D. Afonso V (1432-1481) doa o Castelo a Fernão Cabral I, que prosseguiu a adaptação daquela edificação militar a residência senhorial. As várias transformações efetuadas são ainda visíveis no pano da muralha oeste, com a construção de várias janelas panorâmicas. Destaca-se uma janela de estilo manuelino, da primeira metade do século XVI, encimada por brasão composto por duas Cabras (Cabrais) e seis ruelas (Castros), simbolizando a união de João Cabral Fernandes com D. Joana Coutinho de Castro.

À semelhança de outros castelos, esta antiquíssima fortaleza erguida em Belmonte tem uma posição dominante sobre a paisagem em redor. Apesar de não haver certezas sobra a data da sua construção, é provável que tenha sido construído no século XII a mando de D. Sancho I (1154-1211) para defesa da povoação a quem o mesmo rei havia concedido carta de foral em 1199 e em pleno processo de consolidação da fronteira oriental do reino. Os vários achados arqueológicos daquela zona confirmam a existência da fortificação a partir de finais desse século e princípios do século XIII.

Mais tarde, em 1258, o castelo viria a ser reedificado por Egas Fafes, bispo de Coimbra, a mando de D. Afonso III (1210-1279) sendo que tanto o castelo como a torre de menagem, apenas terão sido concluídos já no reinado de D. Dinis, cujas construções estariam relacionadas com as necessidades de repovoamento.
Essas referências são confirmadas por vestígios arqueológicos – dos finais do século XII e início do século XIII – da demolição de casas no interior da vila para a construção do castelo e da torre de menagem.

Perdeu entretanto importância estratégica com a assinatura do Tratado de Alcanizes em 1297 e consequente avanço da fronteira para Este.

Entre finais do século XIV e princípios do século XV, provavelmente devido a um confronto com tropas de Castela, a fortaleza foi parcialmente destruída por um incêndio. Esse facto é atestado pelos sedimentos de cinza revelados durante as escavações arqueológicas.

Castelo2

Nos meados do século XVII um novo e violento incêndio consumiu a ala oeste do paço, episódio decisivo para o seu abandono e que levou à instalação da família numa nova residência que se pressupõe que tenha sido o Solar dos Cabrais, atual Biblioteca Municipal.

Existem indícios de que ainda durante o século XVII, o castelo de Belmonte tenha ressurgido com a sua função militar primitiva, sendo-lhe então construídos os baluartes a que se refere o Padre Luís Cardoso em 1751.

Certamente que a construção destas estruturas terá resultado das Guerras da Restauração, à semelhança do que ocorreu na Casa da Torre, em Caria, onde ainda hoje se conservam os baluartes seiscentistas.

A partir de meados do do século XVIII, o castelo entrou em situação de decadência deixando de ser residência senhorial e foi progressivamente abandonado, chegando mesmo a ser usado para a pouco nobre função de celeiro.

 

Em 1466 D. Afonso V (1432-1481) doa o Castelo a Fernão Cabral I, que prosseguiu a adaptação daquela edificação militar a residência senhorial. As várias transformações efetuadas são ainda visíveis no pano da muralha oeste, com a construção de várias janelas panorâmicas. Destaca-se uma janela de estilo manuelino, da primeira metade do século XVI, encimada por brasão composto por duas Cabras (Cabrais) e seis ruelas (Castros), simbolizando a união de João Cabral Fernandes com D. Joana Coutinho de Castro. 

Nos meados do século XVII um novo e violento incêndio consumiu a ala oeste do paço, episódio decisivo para o seu abandono e que levou à instalação da família numa nova residência que se pressupõe que tenha sido o Solar dos Cabrais, atual Biblioteca Municipal. 

Existem indícios de que ainda durante o século XVII, o castelo de Belmonte tenha ressurgido com a sua função militar primitiva, sendo-lhe então construídos os baluartes a que se refere o Padre Luís Cardoso em 1751. 

Certamente que a construção destas estruturas terá resultado das Guerras da Restauração, à semelhança do que ocorreu na Casa da Torre, em Caria, onde ainda hoje se conservam os baluartes seiscentistas. 

A partir de meados do do século XVIII, o castelo entrou em situação de decadência deixando de ser residência senhorial e foi progressivamente abandonado, chegando mesmo a ser usado para a pouco nobre função de celeiro.

Com tantas alterações, a construção do castelo de Belmonte integra uma invulgar variedade de estilos arquitectónicos: tem traços românicos, góticos, manuelinos e setecentistas.

O imóvel foi declarado Monumento Nacional a 15 de Outubro de 1927. Entre a década de 1940 e a de 1960 foram realizadas diversas intervenções de conservação e restauro a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Mais recentemente, em 1992, passou para a gestão do IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico), tendo sido erguido no seu interior, um anfiteatro, destinado à apresentação de espectáculos. Entre 1992 e 1994 trabalhos de prospeção arqueológica no interior do castelo, comprovaram a presença romana naquela região. Este belo castelo construído em pedra granítica, mantém na fachada principal, orientada para o sul, uma porta encimada pelas armas dos Cabral, cuja memória está também presente nas ruínas do antigo Paço onde residiram e onde se destaca uma janela de estilo manuelino. O edifício junto à porta principal funcionou, no início do século XX, como prisão. 

Como curiosidade, uma antiga chave do castelo encontra-se no acervo da Casa-Museu João Soares da Fundação Mário Soares, em Cortes, concelho de Leiria. A Torre de Menagem e Sala Oitocentista foram adaptadas a espaços dedicados a exposições temporárias.

Com tantas alterações, a construção do castelo de Belmonte integra uma invulgar variedade de estilos arquitectónicos: tem traços românicos, góticos, manuelinos e setecentistas. 

O imóvel foi declarado Monumento Nacional a 15 de Outubro de 1927. Entre a década de 1940 e a de 1960 foram realizadas diversas intervenções de conservação e restauro a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Mais recentemente, em 1992, passou para a gestão do IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico), tendo sido erguido no seu interior, um anfiteatro, destinado à apresentação de espectáculos. Entre 1992 e 1994 trabalhos de prospeção arqueológica no interior do castelo, comprovaram a presença romana naquela região. Este belo castelo construído em pedra granítica, mantém na fachada principal, orientada para o sul, uma porta encimada pelas armas dos Cabral, cuja memória está também presente nas ruínas do antigo Paço onde residiram e onde se destaca uma janela de estilo manuelino. O edifício junto à porta principal funcionou, no início do século XX, como prisão. 

Como curiosidade, uma antiga chave do castelo encontra-se no acervo da Casa-Museu João Soares da Fundação Mário Soares, em Cortes, concelho de Leiria. A Torre de Menagem e Sala Oitocentista foram adaptadas a espaços dedicados a exposições temporárias.

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