A tribuna é decorada com motivos florais ostentando na zona central a prensa e uma vieira – símbolos associados, respectivamente, aos Cabrais e a S. Tiago. A prensa surge igualmente representada na pia de água benta.
A Pia Batismal, em forma de cálice, encontra-se integrada num baptistério de planta quadrada, com acesso por arco pleno, que se situa na interseção com o Panteão dos Cabrais perto da porta principal. O Coro Alto, em madeira, sustentado por duas colunas toscanas é do tempo de D. Francisco Cabral (Século XVII).
O interior, de uma só nave, tem uma cobertura em madeira; à sua entrada, o coro é sustentado por duas colunas renascentistas. Uma imagem gótica, em tamanho natural, monolítica, representa uma «Pietá», esculpida em granito, e está inserida na capela gótica de Nossa Senhora da Piedade, do séc. XIV; de reduzidas dimensões, esta capela abre-se em dois fortes arcos quebrados, assentes em pilares com colunelos adossados e decorados com belos capitéis historiados, com cenas da vida de Fernão Cabral I, que lutou nos dois cercos de Ceuta, tendo perecido na primeira tentativa da conquista de Tânger, defendendo o Infante D. Henrique de quem era guarda-mor.
É no Panteão dos Cabrais que se encontram os túmulos de vários elementos desta ilustre família. No interior, junto à porta que liga o Panteão à Igreja de S. Tiago, observa-se à direita, o túmulo de Fernão Cabral I e Isabel de Gouveia, pais de Pedro Álvares Cabral.
No exterior, o frontispício do Panteão apresenta portal seiscentista de lintel recto moldurado, rematado por frontão curvo que integra a inscrição onde são identificados os nomes de quem mandou construir e reformou esta capela. A torre sineira isolada foi construída em 1860.