As ruínas romanas da Vila da Fórnea fazem parte de um conjunto mais alargado de estações monumentais do período romano existentes na Beira interior.
Os vestígios preservados de algumas construções dessa época, sejam elas de cariz religioso, político-administrativo, militar, ou civil, como é o caso, traduzem, pelo seu legado, a notória importância geopolítica e económica dada por Roma a esta parte do nosso território.
A Vila da Fórnea é um conjunto de ruínas romanas que remonta ao século II. Localizada entre Belmonte e Caria, foi descoberta recentemente aquando da construção da A23 em 1999. Mais propriamente na N345, Para chegar ao complexo terá que percorrer um caminho de 300/400 m leva-nos até à antiga villa romana.
Embora no nosso território o modelo de Villae de peristilo esteja amplamente documentado, essencialmente nas regiões centro e sul do país, pensamos que a Vila da Fórnea possa enquadrar-se mais naquilo a que os investigadores britânicos designam por winged corridor villa, sem peristilo e com acessos a diferentes espaços, nalgumas partes do mesmo conjunto, por intermédio de alas cobertas – corredores. A Villa romana tradicional, e não será despropositada esta imagem, poderá comparar-se a uma grande quinta agrícola actual.
As ruínas romanas da Vila da Fórnea fazem parte de um conjunto mais alargado de estações monumentais do período romano existentes na Beira interior.
Os vestígios preservados de algumas construções dessa época, sejam elas de cariz religioso, político-administrativo, militar, ou civil, como é o caso, traduzem, pelo seu legado, a notória importância geopolítica e económica dada por Roma a esta parte do nosso território.
A Vila da Fórnea é um conjunto de ruínas romanas que remonta ao século II. Localizada entre Belmonte e Caria, foi descoberta recentemente aquando da construção da A23 em 1999. Mais propriamente na N345, Para chegar ao complexo terá que percorrer um caminho de 300/400 m leva-nos até à antiga villa romana.
Embora no nosso território o modelo de Villae de peristilo esteja amplamente documentado, essencialmente nas regiões centro e sul do país, pensamos que a Vila da Fórnea possa enquadrar-se mais naquilo a que os investigadores britânicos designam por winged corridor villa, sem peristilo e com acessos a diferentes espaços, nalgumas partes do mesmo conjunto, por intermédio de alas cobertas – corredores. A Villa romana tradicional, e não será despropositada esta imagem, poderá comparar-se a uma grande quinta agrícola actual.
As escavações revelaram várias peças romanas, pelo que se supõe, ter sido uma propriedade habitada por uma família e criados. Esta estava construída com várias divisões, algumas delas ainda bem definidas, lagar de azeite, vinho, transformação de cereais, fundição de ferro, estábulos para animais. Todo o núcleo estava ligado por um sistema de caleiras que permitiria o abastecimento e circulação de água.
A área construída dispõe-se em torno de um pátio central, com espaço ajardinado, compondo-se de pars urbana, pars rustica e pars frumentaria, sendo de assinalar também a existência de um pequeno edifício balnear. Foram também colocadas a descoberto umas termas, com os tradicionais tanques, que permitiriam banhos de diferentes temperaturas (frigidarium, tepidarium, caldarium), um deles apresentando paredes com mais de 1,50 metros de altura, com vestígios de escadas e revestido a opus signinum. Além dos tanques, descobriram-se também vestígios do hipocausto e apoditerium que completariam o equipamento de umas termas.
Foram também descobertos vários compartimentos, provavelmente relacionados com a habitação dos proprietários e dos seus dependentes. Todas estas estruturas, assim como a zona da entrada da villa e todos os espaços vazios que estariam ocupados com colunas e espaços ajardinados, comprovam a grandeza e riqueza dos seus proprietários.
As escavações revelaram várias peças romanas, pelo que se supõe, ter sido uma propriedade habitada por uma família e criados. Esta estava construída com várias divisões, algumas delas ainda bem definidas, lagar de azeite, vinho, transformação de cereais, fundição de ferro, estábulos para animais. Todo o núcleo estava ligado por um sistema de caleiras que permitiria o abastecimento e circulação de água.
A área construída dispõe-se em torno de um pátio central, com espaço ajardinado, compondo-se de pars urbana, pars rustica e pars frumentaria, sendo de assinalar também a existência de um pequeno edifício balnear. Foram também colocadas a descoberto umas termas, com os tradicionais tanques, que permitiriam banhos de diferentes temperaturas (frigidarium, tepidarium, caldarium), um deles apresentando paredes com mais de 1,50 metros de altura, com vestígios de escadas e revestido a opus signinum. Além dos tanques, descobriram-se também vestígios do hipocausto e apoditerium que completariam o equipamento de umas termas.
Foram também descobertos vários compartimentos, provavelmente relacionados com a habitação dos proprietários e dos seus dependentes. Todas estas estruturas, assim como a zona da entrada da villa e todos os espaços vazios que estariam ocupados com colunas e espaços ajardinados, comprovam a grandeza e riqueza dos seus proprietários.